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sexta-feira, 15 de julho de 2011

32: FILOLOGIA.

Filologia: alguns conceitos teóricos e epistemológicos.

Em grego philos quer dizer "amigo" e logos, palavra, discurso. A filologia é a área do conhecimento especializada no trato com os textos sendo que o texto de literatura ocupa um lugar privilegiado na história dessa disciplina. O filólogo trabalha com o texto em diferentes níveis.

Estabelecimento do texto através do estudo e análise dos manuscritos, anotações e diversas versões do texto. No caso de textos antigos o filólogo deve confrontar diferentes manuscritos para poder estabelecer uma versão crítica e rigorosa do texto.

Em certos casos ele também tentará estabelecer a autoria de textos anônimos ou de atribuição duvidosa. Também faz parte do trabalho do filólogo a análise do texto de diversos pontos de vista: morfológico, sintáxico e semântico bem como o estudo do objeto de que o texto trata.

Categorização do dos textos conforme seu gênero, tema e estrutura. A filologia histórica se encarrega ainda da análise do contexto do texto estudado com destaque para os seus aspectos sociais e políticos.

A filologia trabalha com várias áreas do saber, tais como a Retórica, a Poética, a Gramática, a Lingüística, a Lexicografia, a Prosódia, a Métrica, a Estilística e a Teoria e História e da Literatura. A história da filologia remonta à Antigüidade e às primeiras análises interpretativas da obra de Homero já no século VI a.C.. Ao longo do século XVIII iniciou-se um processo de separação das filologias clássicas (voltadas para os textos da tradição greco-romana) e das filologias modernas (voltadas para o estudo das literaturas em línguas nacionais: filologia francesa, alemã, italiana, portuguesa).

No século XIX ocorreu uma nova cisão: a Lingüística, a Teoria Literária e a Literatura Comparada começaram a se estabelecer como disciplinas autônomas. De qualquer modo a filologia continuou sendo uma área do conhecimento fundamental para aquele que trabalha com a literatura: hoje em dia ela é sinônimo de rigor no trato com os textos e de pensamento pautado pela questão histórica.

De certo modo, após um longo domínio de abordagens sócio-históricas nos estudos literários, a filologia trouxe uma nova modalidade de valorização do elemento histórico da produção cultural. A análise interpretativa fica agora mais a cargo das abordagens críticas da Teoria Literária. Hoje o filólogo é sobretudo o responsável pela preparação de edições críticas de autores clássicos (antigos e modernos): um trabalho árduo e essencial para todas chamadas ciências humanas.

Robson Stigar

Licenciado em Ciências Religiosas; Licenciado em Filosofia; Bacharel em Teologia; Aperfeiçoamento em Sociologia Politica; Especialização em História do Brasil; Especialização em Ensino Religioso; Especialização em Psicopedagogia; Especialização em Educação, Tecnologia e Sociedade; Especialização em Catequetica; Especialização em Filosofia; MBA em Gestão Educacional; Mestre em Ciências da Religião. Professor de Filosofia, Sociologia e Ensino Religioso.(41) 9971-5822 robsonstigar@hotmail.com

REFERÊNCIA:
http://www.webartigos.com/articles/5649/1/Filologia-Alguns-Conceitos-Teoricos-E-Epistemologicos/pagina1.html
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PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

quarta-feira, 13 de julho de 2011

31: RADICAIS GREGOS E VOCÁBULOS.

Radicais gregos e Vocabulários:
· acro (alto, elevado = acrobata, acrópole, acrofobia)
· aer, aero (ar = aeronave, aeronauta)
· agogo (o que conduz = pedagogo, demagogo)
· agro (campo = agronomia, agrônomo)
· alg, algia (dor, sofrimento = analgésico, nevralgia)
· andro (homem, macho = andrógino, androfobia)
· anemo (vento = anemógrafo, anemômetro)
· antropo (ser humano = antropocentrismo, antropofagia)
. arados (um estrondo nas entranhas...?)
· arcai, arqueo (antigo, velho = arcaísmo, arqueologia)
· aristo (ótimo, o melhor = aristocracia, aristocrata)
· aritmo (número = aritmética, aritmologia)
· arquia (governo = monarquia, anarquia)
. arthros (articulação...)
· asteno, astenia (fraqueza, debilidade = astenopia, neurastenia)
· astro (corpo celeste = astronomia, astrodinâmica)
· atmo (gás, vapor = atmosfera, atmômetro)
· baro (pressão, peso = barômetro, barítono)
· bata (o que anda = acrobata, nefelibata)
· biblio (livro = biblioteca, bibliotecário)
· bio (vida = biologia, biografia)
· caco (feio, mau = cacofonia, cacoépia)
· ceros, cerato – do grego keras (que significa chifre, chifre de um animal = Diceros, Ceratotherium)
· cali, calo (belo = caligrafia, calidoscópio)
· cardio (coração = cardíaco, cardiograma)
· cefalo (cabeça = acefalia, cefaleia)
. cheiros (mão)
· ciclo (círculo = ciclometria, bicicleta, triciclo)
· cine, cinesi (movimento = cinética, cinesalgia)
· cito (célula = citologia, citoplasma)
· cosmo (mundo, universo = cosmovisão, macrocosmo)
· cracia (poder, autoridade = gerontocracia, tecnocracia)
· cromo (cor = cromogravura, cromógeno)
· crono (tempo = cronômetro, cronograma)
· datilo – do grego dactylos (dedo, dedos = datilografia, datiloscopia, Artiodáctilos, Artiodactyla, Tridactyla)
· deca (dez = decâmetro, decalitro)
. deinos, déinos (dinossauro: deinos, déinos: terrível, terrivelmente grande, e saurus, saurós: lagarto, por extensão, réptil)
· demo (povo = democracia, demográfico)
· derma (pele = dermatologista, dermite)
· di (dois, duplo = dissílabo, ditongo, Diceros, Dicerorhinus)
· dinamo (força, potência = dinamite, dinamismo)
· doxo (crença, opinião = ortodoxo, paradoxo)
· drakhm, drachmai – do velho grego drakhme (dracma grega)
· dromo (corrida = autódromo, hipódromo)
· eco (casa, domicílio, habitat = ecologia, ecônomo, ecossistema)
· edro (base, faces = poliedro, pentaedro)
· ergo (trabalho = ergofobia, ergógrafo)
· esperma, espermato (semente = espermatologia, espermatozóide)
· etio, etimo (origem = etiologia, etimologia)
· etno (raça, nação = etnia, etnocentrismo)
· étumos (real, verdadeiro)
. -eus (executor, agente, criador, fabricante)
· fago – do grego phagos (comedor, que come ou aquele que come = antropófago, necrófago, tamanduá)
· falar – do grego phaó + dizer, contar algo (fábula)
· filo – do grego philos (amigo, amante = fílósofo, filantropo, filatelia); exemplo: Felipe, Filipo do grego Philippos = significa amigo (philos) de cavalo (hippos)
· fisio (natureza física ou moral = fisiologia, fisionomia, fisioterapia)
· fobo (aversão = claustrofobia, xenofobia)
· fono (som, voz = fonógrafo, fonoteca)
· fos, foto – do grego photos (quer dizer luz = fosfeno, fotografia)
· gamo (casamento = gamomania, monogamia)
· gastro (estômago = gastronomia, gástrico)
· gene (origem = gênese, genética)
· geo (terra = geografia, geóide)
· gine, gineco (mulher = andrógino, ginecocracia)
· gono, gonio (ângulo = polígono, goniômetro)
· grafia ou graphy – do grego graphos ou graphein (significa escrita = ortografia, caligrafia, fotografia)
· gramma (significa palavra)
· helio (sol = heliocentrismo, heliografia)
· hemo (sangue = hemorragia, hemograma)
· hepato (fígado = hepatite, hepático)
· hetero (outro, diferente = heterossexual, heterogêneo)
· hidro (água = hidrografia, hidrófilo)
· higro (umidade = higrômetro, higrófilo)
· hipno (sono = hipnose, hipnotismo)
· hipo – do grego hippo (significa cavalo = hipódromo, hipopótamo)
· homeo, homo (semelhante = homeopatia, homossexual)
· hyphen – grego ou latim? (hífen é com n)
· icon, icono (imagem = iconoclasta, iconografia)
· ictio (peixe = ictiofagia, ictiologia)
· -ismo: Vocábulos com sufixo -ismo (-ismós) formam nomes de agentes com sufixo -ista (-istés), cujo adjetivo é formado com -ico (-ikós), gerando -ístico.
· iso (igual = isóbaro, isósceles)
· latria (culto = idolatria, alcoólatra)
· lémma (ignifica algo recebido, ganho, como um presente = lema)
· lepton (significa pequeno, fino, magro = para antigas moedas da Grécia)
· lito (pedra = litografia, aerólito)
· log, logia (estudo = ginecologia, astrologia)
· logos (estudo, descrição, relato)
. lonch-, loncho- (encabeçar, lança = Lonchorhina = morcego-nariz-de-lança)
· macro – do grego makros ou makrus (significa grande, longo = macrocosmo, macrobiótica)
· mancia (adivinhação = quiromancia, cartomancia)
· mani, mania (loucura = manicômio, cleptomania)
· mega, megalo (grande = megalomaníaco, megalocefalia)
· meso (meio = Mesopotâmia, mesóclise)
· metro (que mede, medição = barômetro, termômetro)
· micro (pequeno = microcosmo, microfone)
· myrmeco (formiga = tamanduá)
· miso (ódio, aversão = misantropia, misossofia)
· mito (fábula = mitologia, mitomania)
· mnemo (memória = amnésia, mnemônico)
· mono (único, sozinho = monarquia, monobloco)
· morfo (forma = zoomórfico, amorfo, morfologia)
· necro (morte, cadáver = necrotério, necrofilia)
· neo (novo, moderno = neologismo, neolatino)
· neuro (nervo = neurite, neuralgia)
· nomo (regra, lei = nomologia, agrônomo)
· noummos – do grego clássico νόμισμα – nomisma (moeda corrente = Numismática)
· odonto (dente = odontologia, odontalgia)
· oftalmo (olho = oftalmologista, oftalmia)
· oligo (pouco = oligarquia, oligopólio)
· onimo (nome = ortônimo, sinônimo)
· onir, oniro (sonho = onírico, oniromancia)
· ornito (ave = ornitologia, ornitofilia)
· orto (reto, correto = ortônimo, ortografia)
· oxi (agudo, ácido = oxítona, oxidação)
· paleo (antigo = paleografia, paleontologia)
. palynein (para polvilhar...)
· pato (doença, sofrimento = patologia, patogenia)
· pedia (educação = ortopedia, pediatria)
· pharos (manto?)
. phoenico, phoînix, phoenix (fênix = Phoenico+pterus = fênix+asas ou fênix-alada)
. -phyllous, -phyllus, -phyllos, phyllon, phylla, phyllon = folha, ter (uma ou muitas) folhas
· plastikos (feito para brincar)
. platy-, plat-, platys = plana (palma), ampla (largura das costas)
· podo (pé = pseudópodo, por exemplo, significa falsos pés)
· pole, polis (cidade = metrópole, acrópole, Florianópolis)
· poli (muito, muitas = poligamia, polígono, politeísmo, poliedro)
· potamo – do grego potamus (rio = Mesopotâmia, hipopótamo)
· pneumato (ar, gás, espírito = pneumatologia, pneumatólise)
· pneum(o) (pulmão = pneumonia, pneumotórax)
· proto (primeiro = protozoário, protótipo)
· pseudo (falso = pseudônimo)
· psico (alma, espírito = psicologia, psiquiatria)
· quiro, cheiros (mão = quiromancia)
· rino – do grego -rhinus, rhin-, rhino- (significa nariz, ter um nariz = rinite, rinoceronte, Rhinoceros)
· rizo (raiz = rizotônico, rizófago)
· scopio (o que faz ver = telescópio, microscopia)
· sema, semio (sinal = semáforo, semiótica)
· sidero (ferro, aço = siderurgia, siderografia)
· simum – do grego simus (significa nariz achatado, focinho achatado)
· sismo (terremoto = sísmico, sismógrafo)
· siva (? = Sivatherium)
· sofo (sábio = filosofia, sofomaníaco)
· soma, somo, somato (corpo, matéria = cromossomo, somatologia)
. souchos (crocodilo?)
· stico (linha, verso = dístico, hemistíquio)
· tanato (morte = eutanásia, tanatofobia)
· taqui (rápido = taquicardia, taquigrafia)
· teca (coleção = fonoteca, filmoteca, discoteca)
· tecno (arte, ofício = tecnologia, tecnocracia)
· tele (ao longe, distância = telefone, telescópio, telégrafo)
· telos, atelia, ateleia (imposto, taxa, = filatelia)
. thémaatikós (temático)
· teo (deus, divindade = teocentrismo, teocracia)
· therium (significa fera, besta, animal selvagem = Ceratotherium, Sivatherium)
· termo (calor, temperatura = termômetro, térmico, termostato)
· topo (lugar, localidade = topografia, topônimo)
· typos (tipografia: typos = forma + graphein = escrita)
· tri (três = Tridactyla) / tetra (quatro = Tetradactyla)
· xeno, xenon (estranho = xenofobia, xenofilia)
· xer, xero (seco, secura = xerófilo, xerografia)
· xilo (madeira = xilogravura, xilófago)
· zoo (animal = zoologia, zoomorfo)

REFERÊNCIAS:
www.blogdezene.blogspot.com
http://www.girafamania.com.br/girafas/lingua_grego.html

sábado, 9 de julho de 2011

30: ESPERANTO - Viabilidade do Esperanto do Ponto de Vista da Lingüística.

Viabilidade do Esperanto do Ponto de Vista da Lingüística
Introdução

O Esperanto é uma língua que foi planejada no final do século XIX com o objetivo de servir como segunda língua entre os usuários das diversas línguas existentes no mundo. Naquela época já se sentia a necessidade de uma língua que resolvesse, ou ao menos atenuasse, as dificuldades causadas pelas barreiras lingüísticas.

Durante a vigência do Império Romano e mesmo muitos séculos depois de seu desaparecimento, o latim desempenhou de alguma forma o papel de língua internacional, principalmente nas chancelarias e tabelionatos do Ocidente. Ainda hoje é a língua oficial da Igreja Católica, porém devido à efervescência política e à importância crescente do comércio exterior, assim como à elevação da burguesia e do proletariado às lideranças políticas e econômicas, não se aconselha a adoção do latim por ser uma língua complexa, portanto de difícil e demorada aprendizagem.

Assim, o problema da língua internacional preocupava as elites, suscitando diversos projetos de solução, porém nenhum deles totalmente satisfatório. Descartado o latim, ficava a opção que parecia mais lógica: a adoção de uma das grandes línguas nacionais. Ocorre que a adoção de uma língua pertencente a um país ou a uma comunidade lingüística, confere a seus nativos uma superioridade cultural sobre as demais comunidades, além de todas elas serem difíceis de aprender, mesmo imperfeitamente, pelos falantes das demais línguas, visto as irregularidades e idiotismos de que todas estão permeadas.

Ficava então a opção de criar uma língua ad hoc, que não tivesse “proprietários” para não ferir sensibilidades e que fosse mais fácil de aprender do que as línguas das comunidades existentes. As tentativas de criar as denominadas “línguas universais” foram diversas, a maior parte das quais nem chegaram a ser divulgadas, não passando de projetos com visões diferentes do que poderia ser uma língua universal. Tudo o que se refere a línguas universais é objeto de estudo da Interlingüística.

Numa época e num meio por demais agitados por mudanças e novidades, apareceu, em 1897, o Esperanto, que logo se divulgou e foi a única língua internacional que permaneceu, suscitando polêmicas apaixonadas, que até hoje não deixaram de existir. Na atualidade, apesar dos enormes avanços científicos e tecnológicos, o problema da diversidade lingüística perdura, e continua freando o relacionamento humano. O inglês é a língua predominante no comércio internacional e na internet, mas não é a única. A percentagem dos não-nativos que conseguem dominar esta língua é muito pequena. Outras línguas, inclusive o Esperanto, vêm aumentando sua participação principalmente na internet.

Na segunda metade do século XX, refazendo-se das duas terríveis guerras mundiais, a tão decantada paz ainda não reina no universo, pois as guerras continuam em diversas regiões e repercutem imediatamente em todo o mundo, no entanto, a globalização é um fato consumado. Nenhuma região do mundo, por importante que seja, pode prescindir de contatos, ao menos comerciais, com o resto do mundo, o que significa que a comunicação rápida é indispensável. E comunicação humana pressupõe língua humana.

Uma tendência dos tempos modernos é a agrupação de países em blocos cada vez mais amplos, com finalidades comerciais ou de defesa. Muitos desses blocos incluem países de línguas diferentes, o que ocasiona, mesmo para os delegados ou representantes que participam das indispensáveis reuniões, problemas de tradução oral, ou ao menos escrita, pois poucos são os que conseguem expressar-se em outras línguas.

O organismo internacional constituído por mais países é a ONU (Organização das Nações Unidas). Mesmo elegendo apenas algumas línguas para suas sessões de trabalho, a despesa com tradução em todas as línguas ali representadas é enorme. O mesmo ocorre com outras entidades internacionais. A UE (União Européia) vai ampliar para 25 o número de seus países membros, quase todos com língua própria. Até agora, com 15 membros, os problemas de tradução já se fazem sentir no terreno político-administrativo e financeiro, porém agravar-se-ão a partir de 2004, quando se incorporem mais 10 membros.

Para atenuar o problema da comunicação entre as diversas línguas, várias propostas e sugestões vêm sendo oferecidas, entre elas a de uma língua-ponte para a qual seriam traduzidos os documentos produzidos em qualquer língua ali representada e dali retraduzidos para as demais línguas da União Européia. Esta língua-ponte seria o Esperanto, devido a sua simplicidade e facilidade de aprendizagem.

Do ponto de vista lingüístico, não há qualquer impedimento para o uso dessa língua, pois além de sua estrutura simples e lógica, já tem mais de um século de existência e seu uso oral ou escrito nas mais diversas situações lingüísticas não deixa lugar a dúvida quanto à sua viabilidade, máxime quando está sendo usada intensamente na internet. Vejamos, a seguir, em linhas muito gerais a sua estrutura.
Estrutura do Esperanto

Como as demais línguas humanas modernas, o Esperanto é uma língua oral e escrita, cujas unidades significativas se compõem de fonemas, morfemas e lexemas que podem ser representados na escrita por meio de grafemas, como nas demais línguas humanas não ágrafas. A diferença entre uma língua planejada, como é o Esperanto, e as chamadas línguas naturais é que estas se formaram e se desenvolveram ao sabor de influências e fatores diversos em suas comunidades de falantes nativos, o que fez com que adquirissem inúmeras irregularidades que podem nem ser percebidas pelos nativos, mas que se tornam escolhos difíceis de serem superados pelos falantes de outras comunidades lingüísticas.

O Esperanto não é, como alguns erroneamente têm sustentado, uma língua artificial, pois possui os mesmos elementos das demais, porém organizados e classificados com lógica para serem aprendidos com segurança e facilidade. O número de radicais é bem menor do que nas demais línguas porque o Esperanto dispõe de desinências, afixos e outros elementos mórficos, que permitem diversas variantes de significado ao ser acrescentados a radicais.
Fonética

Vogais: somente cinco vogais orais: a, e, i, o, u. Toda vogal corresponde a uma sílaba. (A penúltima sílaba é sempre a tônica, o que dispensa o uso de acentos).

Semivogais: j [i], ŭ [u]. Exemplos: viroj [viroi] (homens), kaŭzoj [kauzoi] (causas), garantioj [garantioi] (garantias).

Consoantes: Todas as consoantes possuem uma só pronúncia.
Classes de palavras

O substantivo é marcado com a desinência -o: papero, lumo, amiko (papel, luz, amigo).

O adjetivo indica-se com a desinência -a: blanka, bela, alta (branco, a; belo, a; alto, a).

O advérbio indica-se pelo -e: alte, bele, klare (altamente, belamente, claramente).
Verbos

Os verbos são sempre regulares e dispõem apenas de desinências modo-temporais; -i (infinitivo), -as (presente), -is (passado), -os (futuro), -us (condicional, futuro do pretérito), -u (volitivo, imperativo). O número e a pessoa são indicados pelo pronome pessoal.

Ami (amar), kanti (cantar), vendi (vender), dormi (dormir)

Mi kantas, vi kantas, ni kantas (eu canto, tu cantas ou você canta, nós cantamos).

Li amis, mi amis, ni amis (ele amou, ele amava, ele amara; eu amei, eu amava, eu amara; nós amamos, nós amávamos, nós amáramos).

Si parolos, vi parolos, ili parolos (ela falará, tu falarás ou você falará; eles ou elas falarão)

Mi pensus, li pensus, ni pensus (eu pensaria, ele pensaria, nós pensaríamos).

Venu vi, venu si, venu ili (vem tu ou venha você; venha ela; venham eles, elas, as coisas).
Morfologia

Número. O plural dos nomes (substantivos e adjetivos) é indicado pela desinência -j [i]: libro - libroj; (livro - livros); la bela domo - la belaj domoj (a bela casa - as belas casas).(O artigo la (o, a, os, as) é invariável).

Gênero. No gênero, só se indica o feminino quando é necessário. É marcado com o sufixo -in-. Exemplos: viro (homem), virino (mulher); bovo (boi), bovino (vaca). Não se indica gênero nos demais casos: tablo (mesa), domo malgranda (casa pequena), la arbo alta (a árvore alta).
Sintaxe

A sintaxe não tem complicações porque a ordem vocabular é muito livre. Por exemplo, uma sentença como: Li vizitas amikon (Ele visita um amigo), não altera o significado em qualquer ordem: Amikon visitas li; Vizitas li amikon, Vizitas amikon li, Li amikon vizitas. A marcação do objeto direto elimina a possível ambigüidade da ordem vocabular.

O Esperanto dispõe de elementos mórficos com significados específicos que podem ser adicionados a um radical, mesmo que não se conheça seu uso anterior na língua. Por exemplo, patro (pai), patra (paterno, paterna, paternal), patre (paternalmente).

Os afixos permitem expressar nuanças ou variedades de significado: alveni (chegar) forma-se com o infinitivo veni (vir) e a preposição al (para, em direção a); malsano (doença) forma-se com o prefixo mal- (oposição, contrário a) e o substantivo sano (saúde), dometo (casa pequena) forma-se com o radical domo (casa) e o sufixo -et-, seguido da desinência de substantivo -o.
Formação de palavras

Composição. A composição é um processo formador de palavras de que o Esperanto faz grande uso, o que lhe dá muita flexibilidade e transparência. Exemplos: fero (ferro) e vojo (caminho) formam fervojo (caminho de ferro); okulo (olho) e vitroj (vidros) forma okulvitroj (óculos), e assim por diante. As línguas naturais podem usar esses recursos, mas sem a regularidade do Esperanto. Além disso, nessas línguas, esses processos lexicais estão geralmente fechados, enquanto no Esperanto permanecem em aberto, não importa que não se conheçam na tradição da língua. Qualquer usuário pode fazer uso deles, respeitando apenas suas 16 regras gramaticais.

Existem outros morfemas para indicar funções ou nuanças necessárias à comunicação lingüística que, por falta de espaço, não podemos analisar aqui, porém fica claro que o Esperanto é uma língua tão natural como qualquer outra, embora, muitas vezes, venham a público opiniões que traduzem o desconhecimento do que seja artificialidade.
Opiniões Pró e Contra o Esperanto

Em matéria lingüística muita gente gosta de opinar, mesmo aqueles que têm pouco conhecimento das Ciências da Linguagem. Baseiam-se no gosto pessoal ou em informações deturpadas. Entre os muitos projetos de línguas universais ou interlínguas, o Esperanto foi o único que provou sua eficiência logo depois do seu lançamento, há mais de um século. Nas primeiras décadas do século XX, o Esperanto teve entusiastas divulgadores assim como críticos que usaram os mais diversos argumentos para combatê-lo. Inicialmente foi muito divulgado na Rússia porque permitia aos proletários comunicar-se com seus colegas dos outros países a respeito da luta de classes que pretendia ter amplitude universal. O volume de correspondência pessoal foi muito grande, devido à facilidade da língua. Este volume de correspondência, que inicialmente mereceu o apoio dos dirigentes, foi mais tarde visto por alguns como um perigo porque permitia o acesso à comunicação a pessoas de todas as classes, o que por diversas ocasiões, não agradava aos lideres, que passaram a combatê-lo por diversos meios, chegando à perseguição, deportação e até a eliminação de esperantistas, dependendo da cor política que se lhe atribuía à língua. Na Rússia houve marchas e contra-marchas a respeito do Esperanto, às vezes sendo considerado como língua que favorecia aos burgueses, tidos como reacionários. Já na Alemanha nazista, o Esperanto era tido como língua de judeus porque seu autor era dessa origem. Mas não só ditadores se insurgiram por vezes contra o Esperanto. Até alguns lingüistas, mas principalmente pseudolingüistas, usaram argumentos lingüísticos pouco consistentes para opor-se a esta língua internacional.

Entre os diversos argumentos que se têm esgrimido contra o Esperanto, encontra-se o de sua artificialidade, o da falta de uma cultura própria das línguas étnicas, o de não servir para a poesia, etc. Alguns detratores por vezes chegam à agressividade direta ou usam do sarcasmo e da ironia.

Quanto ao argumento de artificialidade, já ficou evidente que não se justifica. As línguas humanas compõem-se dos mesmos elementos: fonemas organizados para compor signos lingüísticos, geralmente arbitrários, representados graficamente, também de forma convencional, uso de imagens como metáforas, metonímia e muitas outras, que também se hajam presentes no Esperanto, etc. às vezes alega-se que as línguas chamadas naturais não foram criadas por uma pessoa ou entidade humana, mas elas se derivaram de outras e evoluíram sem a interferência intencional de ninguém. Isso é verdade, mas nada impede que se organize qualquer outra língua com o material lingüístico já disponível e que pode ser organizado de forma mais racional. No caso do Esperanto, seu autor utilizou elementos das várias línguas que conhecia e selecionou-os visando à maior simplicidade e coerência. Embora Zamenhof não fosse um lingüista de direito, não cabe dúvida que o era de fato, como fica bem evidenciado não só pela criação da língua como por sua contribuição lingüística e literária.

Outra alegação que às vezes se faz é que por não ser uma língua étnica não possui uma tradição literária e por isso só serviria para funcionar como um código porque lhe falta vida, pois houve um período na lingüística Histórico-Comparativa em que as línguas eram consideradas organismos vivos, seguindo a teoria darwinista das Ciências Naturais. Mais tarde, com o advento do Estruturalismo, as línguas passaram a considerar-se instrumentos sociais. A vida de que dispõe uma língua é a que lhe confere a comunidade que a usa. Essa comunidade é quem a altera e quem a enriquece com o material oral ou escrito que lhe aporta. No caso do Esperanto, por ser uma língua de criação recente, não disporia de patrimônio semelhante ao de suas concorrentes. Acontece, porém, que a finalidade de uma interlíngua ou língua universal não é a de ser concorrente com as demais e sim de servir de ponte para as línguas do mundo, pelo que sua função é a de intermediária de todas as demais. É claro que nada impede que tenha sua própria literatura, pois desde a sua origem até hoje, além do acervo traduzido das mais diversas línguas, já possui vasta literatura original nos gêneros mais diversos, que está à disposição de todas as culturas, até mesmo porque já existem pessoas cuja língua nativa é o Esperanto. Além disso, a finalidade principal é servir de intermediária de outras culturas, ajudando a preservar as línguas minoritárias e suas culturas. Os esperantistas de todo o mundo já têm a sua disposição cultura e literatura de línguas praticamente desconhecidas fora de sua pequena comunidade.

Outra alegação freqüente é sua relativa estagnação. Não falta quem diga que o Esperanto fracassou ou até que é uma língua morta. Claro que nas primeiras décadas do século XX, expandiu-se rapidamente, chegando a parecer que logo seria realmente uma segunda língua no mundo todo ou em grande parte dele. Não foi o que aconteceu por avatares políticos e fatores outros que restringiram seu uso, porém a língua nunca deixou de ser cultivada, em alguns países com mais ou menos intensidade do que em outros, dependendo de fatores geralmente extralingüísticos. Haja vista as instituições esperantistas internacionais que se mantêm atuantes e a quantidade de periódicos e publicações diversas que se produzem, somando-se recentemente as atividades virtuais através da internet. Além disso, os Congressos universais de Esperanto, organizados pela UEA (Associação Universal de Esperanto) vêm-se realizando anualmente desde 1905, em países diferentes, com uma média aproximada de 2000 participantes. Também ocorrem eventos nacionais e regionais de diversos níveis, que testemunham a vitalidade da língua.
O Esperanto: Presente e Futuro

Da mesma maneira que houve detratores, tampouco têm faltado adeptos entusiastas, tanto entre os que militam nas Ciências da Linguagem como entre os que aderem à língua por sua simplicidade e harmonia. Passado o período das paixões pró e contra, parece chegada a hora de reflexão quanto à sua utilidade ou necessidade nas cada vez mais rápidas e complexas relações internacionais. Haja vista a facilidade com que podemos comunicar-nos com qualquer rincão do planeta com os recursos propiciados pela Ciência e pela Tecnologia, mas que, pelo geral, esbarram na diversidade lingüística. Alega-se que o inglês já vem exercendo a função da comunicação internacional, mas não há qualquer acordo internacional que o qualifique ou o autorize a isso. O número de falantes nativos do inglês é de cerca de 10% da população mundial e sua aquisição como segunda língua é difícil e custosa. Apesar do enorme investimento que se faz em muitos países para a aprendizagem do inglês, os resultados não são animadores. Poucos são os que chegam a dominá-lo a menos que morem durante um longo período de tempo em algum país de fala inglesa, mesmo assim dificilmente se confundirão com os nativos. Muitos acidentes aéreos ocorreram por causa da não compreensão pelos pilotos de outras de outras línguas de ordens que recebem em inglês.

Estudos recentes demonstram que muitos dos desastres da aviação civil internacional se deveram simplesmente a dificuldades de comunicação entre pilotos e torres de controle de vôo. Dentre as causas dessas dificuldades, a obsolescência dos sistemas de rádio ainda em uso, o excesso de tráfego em alguns aeroportos e a barreira das línguas. Este último fator contribui com 11% dos acidentes fatais segundo um estudo da Boeing... [PIRON, 2002]

O Esperanto vem sendo novamente cogitado como possível solução para o cada vez mais complexo problema de comunicação nos foros internacionais e até para substituir o latim como língua da Igreja Católica:

Já existem sinais de que a Igreja está pronta a aceitar o esperanto. Eu quero mencionar somente alguns: Emissões em esperanto da Rádio do Vaticano, aprovação dos textos litúrgicos nessa língua, saudações do Santo Padre em esperanto, reconhecimento da União Internacional Católica Esperantista por parte do Pontifício Conselho para os Leigos, entre outros.

As vantagens do esperanto e os serviços que essa língua poderia prestar à Igreja são agora apresentados neste livro de Ulrich Matthias. Eu espero que suas traduções em diversas línguas nacionais ajudem a que mais e mais pessoas reconheçam o valor e a utilidade de esperanto para entendimento de todo o mundo. [MATTHIAS, 2003]

Até aqui o problema tentou-se resolver com a adoção de algumas línguas como línguas de trabalho. A ONU começou com quatro línguas: francês, inglês, russo e chinês, acrescentando-se depois o espanhol e, finalmente, o árabe. Os custos relacionados com tradução são altíssimos com somente essas línguas. Outras entidades internacionais defrontam-se com problemas semelhantes. O Fórum Social Mundial em 2001, em Porto Alegre adotou quatro línguas de trabalho (português, espanhol, francês e inglês), mas no ano seguinte, em Florença já foram oito línguas e a demanda por outras continua. Talvez a entidade que tenha mais problemas devido à diferença lingüística seja a União Européia. Constituída por 15 países com 11 línguas, consome uma grande parte de seu orçamento em traduções e edições para tantas línguas, mas logo se somarão outros dez países, todos com língua própria, o que dificultará ainda mais a comunicação entre todos os países membros.

Os defensores do esperanto como língua universal e como principal segunda língua vêem cada vez mais uma chance de que a União venha a usar essa língua como língua de trabalho. Diante da perspectiva de uma União ampliada para, talvez, 30 países, torna-se por fim cada vez mais grave o problema das línguas oficiais e línguas de trabalho.

O esperanto é uma língua que pode ser aprendida com relativa rapidez.

A experiência mostra, além disso, que crianças que aprendem o esperanto são mais adiantadas que as outras crianças da mesma idade no desenvolvimento geral e, sobre-tudo, no aprendizado de línguas estrangeiras.

Será que a Comissão consideraria adequado desenvolver projetos experimentais sobre o esperanto (por exemplo, o projeto Funda-Pax realizado em colaboração com a UNESCO) nos Estados-Membros da União, para ao final fazer uma avaliação profunda e detalhada? [MATTHIAS, 2003]

Propostas. Tanto a ONU quanto outros organismos internacionais têm recebido fundamentadas propostas para o uso de uma língua neutra que facilite a comunicação sem que nenhum membro seja privilegiado. Embora a idéia sempre encontre simpatizantes, fatores políticos impediram até agora sua adoção, apesar de a UNESCO ter recomendado o seu estudo aos países membros. O Parlamento Europeu realizou em junho de 2003 um simpósio para tratar do estabelecimento de uma política para o multilingüísmo na União Européia. Foram estabelecidos alguns princípios gerais sobre o problema, porém não se decidiu pela eleição de qualquer língua. Ao que parece, haverá outros debates antes da incorporação dos novos países membros. Uma proposta apresentada foi a de que os textos de todas as línguas da EU sejam traduzidos ao Esperanto e depois retraduzidos para as demais línguas, sempre por tradutores nativos. Os tradutores só teriam que aprender Esperanto e saber a sua própria língua. Não teriam necessidade de conhecer as demais línguas.

Está-se intensificado o uso do Esperanto na internet e na mídia em geral. Importantes publicações internacionais como The Guardian e Newsweek publicaram recentemente matérias favoráveis ao Esperanto.
Conclusão

Como vimos, o Esperanto é uma língua humana, criada para facilitar a comunicação entre usuários de línguas diversas. Na sua constituição não se diferencia das demais línguas, pelo que pode ser aprendida pelos nativos de qualquer outra língua. É uma língua planejada para sua fácil aprendizagem, o que vem sendo demonstrado nos mais diversos países ao longo de sua existência. Os argumentos apresentados contra o uso do Esperanto como língua aŭiliar internacional têm sido quase sempre políticos, sem qualquer pesquisa lingüística séria. Alguns têm opinado que seria a língua ideal para a comunicação internacional, mas que era uma utopia, visto que contrariava interesses porque se temia que substituísse ou diminuísse o prestígio das línguas existentes, aureoladas por sua história, tradições e literatura, porém não há o propósito de concorrer com as línguas nacionais e sim de servir como ponte nas comunicações internacionais em nada contrariando a importância das demais línguas.

Cada dia torna-se mais premente a necessidade de comunicar-se, pois a “aldeia global” não mais suporta a diversidade lingüística e a solução mais viável é a adoção de uma língua comum simples e lógica, mas que não seja apenas um código para algum uso científico e sim uma língua que permita expor os complexos pensamentos e sentimentos do ser humano. Essa língua não precisa ser criada porque já está disponível em todas as suas modalidades, experimentada e aprovada para seu uso imediato, pois é praticada diariamente desde há mais de um século em todo o mundo. Essa língua é o Esperanto.
Bibliografia

*
BROWNELL, Ginnane. Speaking up for Esperanto: A lingo developed by a 19th-century idealists is back in fashion. Newsweek International, 11/08/ 2003.
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CHAVES, Sylla. Por um mundo melhor: Através da poesia e do esperanto. Rio de Janeiro, Fundação Getulio Vargas, 1970.
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LINS, Ulrich. La danĝera lingvo. 2. ed. Rotterdam, Universala Esperanto-Asocio, 1990.
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LYONS, John, Linguagem e lingüística: Uma introdução. Trad. Marilda Winkler Averbug. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1982.
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MATTHIAS, Ulrich. Esperanto: O novo latim da igreja e do ecumenismo. Trad. Ismael Mattos Andrade Ávila. Campinas, SP, Pontes; Sorocaba, SP, BEKO, 2003
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NEWNHAM, David. A begginers guide to Esperanto. The Guardian, 12/07/2003
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PASSINI, José. Bilingüismo: Utopia ou antibabel? 2. ed. Campinas, Pontes, 1995.
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PIRON, Claude. O desafio das línguas: Da má gestão ao bom senso. Trad. Ismael Mattos de Andrade Ávila. Campinas, SP, Pontes; Brasília, DF, BEL, 2002
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ROBINS, R.H. Lingüística geral. 2. ed. Trad. Elizabeth Corbetta da Cunha et alii. Porto Alegre-Rio de Janeiro, Editora Globo, 1981.
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RODRÍGUEZ, Alfredo Maceira. Esperanto hoje. In: Caderno Seminal (6): 11-25, Rio de Janeiro, UERJ, 1998.
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SALLES, Jair. Esperanto conversacional. Curso básico. 2. ed. Rio de Janeiro, Cooperativa Cultural dos Esperantistas, 1996.
*
SARTORATO, Aloísio. Esperanto para principiantes. Curso básico. 4. ed. Rio de Janeiro, Edição do Autor, 1997.



Palestra proferida pelo Prof. Alfredo Maceira Rodrigues (UCB)
no 7º Congresso Nacional de Lingüística e Filologia
realizado nos dias 25 à 29 de agosto de 2003
na UERJ - Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
palestras/viabilidade_do_esperanto_do_ponto_de_vista_da_lingueistica.txt · Última modificação: 2008/06/15 19:14 (edição externa)
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REFERÊNCIA:
http://www.kke.org.br/palestras/viabilidade_do_esperanto_do_ponto_de_vista_da_lingueistica
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PESQUISADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

29: LINGUÍSTICA.

A vida humana em sociedade não teria sido possível sem sistemas de signos que permitissem a comunicação. A ciência da lingüística começou a se desenvolver quando os homens começaram a fazer perguntas sobre a linguagem que embasava sua civilização.

Lingüística é a ciência que estuda a linguagem. O termo foi empregado pela primeira vez em meados do século XIX, para distinguir as novas diretrizes para o estudo da linguagem, em contraposição ao enfoque filológico mais tradicional. A filologia ocupa-se, principalmente, da evolução histórica das línguas, tal como se manifestam nos textos escritos e no contexto literário e cultural associado. A lingüística tende a dar prioridade à língua falada e à maneira como ela se manifesta em determinada época.

Apresenta ainda uma tendência maior à universalização e aspira à construção de uma teoria geral da estrutura da linguagem que abarque todos os seus aspectos. O desenvolvimento, ao longo dos séculos, de várias hipóteses sobre a formação, evolução e funcionamento da linguagem criou a base para as pesquisas lingüísticas atuais.
Origem da lingüística. Antes do século XIX, quando a lingüística ainda não havia adquirido caráter científico, os estudos nessa área eram dominados por considerações empíricas sobre a própria condição da linguagem, que proliferaram em vários glossários e gramáticas cujo objetivo era explicar e conservar as formas lingüísticas conhecidas. No século V antes da era cristã, surgiu na Índia a primeira gramática destinada a preservar as antigas escrituras sagradas.

Na Grécia antiga, as questões propostas em torno da naturalidade e arbitrariedade da linguagem -- ou seja, o que existe nela "por natureza" ou "por convenção" -- deram origem a duas escolas opostas: os analogistas sustentavam a regularidade básica da linguagem, devida à convenção, e os anomalistas consideravam que a linguagem era irregular, por refletir a própria irregularidade da natureza. As pesquisas sobre essas questões, que os gramáticos romanos se encarregariam, mais tarde, de continuar e transmitir, impulsionaram o progresso da gramática no Ocidente.

A concepção da linguagem como um espelho em que se refletia a verdadeira imagem da realidade levou as gramáticas especulativas medievais a destacarem o aspecto semântico -- relativo ao significado -- da língua. A partir do século XV, a tradição gramatical greco-romana, que até então imperara, perdeu importância à medida que avançava o estudo das línguas vernáculas e exóticas.

A gramática geral de Port-Royal, redigida por estudiosos franceses no século XVII, preparou a abordagem histórica da língua que caracterizou os estudos lingüísticos do século XVIII e abriu caminho ao comparativismo do século seguinte. Gramática comparada e lingüística histórica. A descoberta, no final do século XVIII, das afinidades "genealógicas" entre o sânscrito, o grego e o latim, atribuída comumente ao orientalista inglês Sir William Jones, deu lugar a um exaustivo estudo comparado dessas e de outras línguas. Tais pesquisas apresentaram os primeiros resultados positivos quando, em 1816, o lingüista alemão Franz Bopp publicou sua obra Über das Conjugations system der Sanskritsprache... (Sobre o sistema das conjugações em sânscrito...). Por meio da comparação metódica das conjugações do sânscrito, persa, grego, latim e alemão, Bopp concluiu que as afinidades fonéticas e morfológicas demonstravam a existência de um tronco hipotético ou língua comum anterior, o indo-europeu.
Foram assim estabelecidos os alicerces da gramática comparada, que não tardaria a adquirir caráter científico graças ao trabalho de dois lingüistas: Rasmus Rask, na Dinamarca, e Jacob Grimm, na Alemanha.

Ao primeiro se deve a elaboração de uma gramática geral e comparativa das línguas do mundo e o estabelecimento de uma série de correspondências fonéticas entre as palavras de significado igual ou semelhante. Grimm acrescentou a esses estudos uma perspectiva histórica, ao pesquisar as numerosas correspondências fonéticas entre as consoantes do latim, do grego, do sânscrito e do ramo germânico do indo-europeu. O resultado de sua pesquisa, conhecido como "lei de Grimm" ou "primeira mutação consonântica do germânico", representou um progresso notável nos estudos lingüísticos.
A classificação das línguas, a evolução histórica de seus aspectos fonológicos, morfológicos e léxicos, os estudos sobre distribuição geográfica dos idiomas indo-europeus e a reconstrução da língua comum de que provinham definiram o contorno geral dos estudos lingüísticos que dominaram a segunda metade do século XIX. Na década de 1870, o movimento dos neogramáticos, cujos principais representantes foram os alemães August Leskien e Hermann Paul, marcou um dos períodos mais significativos da lingüística histórica por conferir à disciplina um caráter mais científico e preciso.

Com base nas teorias evolucionistas de Charles Darwin e na compreensão da língua como um organismo vivo, que nasce, se desenvolve e morre, os neogramáticos atribuíram à evolução histórica das línguas a determinadas leis fonéticas, regulares e imutáveis, a partir das quais seria possível reconstruir as formas originais de que haviam surgido. Apesar das evidentes limitações desse enfoque fonético, o método e as técnicas dos neogramáticos muito influenciaram os lingüistas posteriores.
Nas correntes lingüísticas surgidas durante a primeira metade do século XX, foram também importantes as teorias desenvolvidas um século antes pelo alemão Wilhelm Von Humboldt, para quem a língua, organismo vivo e manifestação do espírito humano, era uma atividade e não um ato. Com sua concepção estruturalista da língua como um conjunto orgânico composto por uma forma externa (os sons), estruturada e dotada de sentido por uma forma interna, peculiar a cada língua, Humboldt foi o precursor do estruturalismo lingüístico de Ferdinand de Saussure.
Século XX.

Com o progresso do método comparativista, os estudos lingüísticos do século XX adotaram uma nova orientação e uma nova atitude com relação ao enfoque e ao objeto de estudo da lingüística. Ao invés de se concentrar na descrição histórica da língua, como queriam os gramáticos comparativistas, a lingüística daria maior ênfase ao estudo da linguagem em si mesma e a seu caráter sociocultural.
Durante a primeira metade do século XX, as novas orientações lingüísticas estiveram representadas fundamentalmente pelo estruturalismo, cujos expoentes foram Ferdinand de Saussure, na Europa, e Leonard Bloomfield, nos Estados Unidos.
Estruturalismo europeu. Considera-se em geral o suíço Ferdinand de Saussure o fundador do estruturalismo lingüístico na Europa, embora suas teorias não tenham sido assim definidas explicitamente. As principais idéias de Saussure, reunidas por seus discípulos Charles Bally e Albert Séchehaye e publicadas postumamente sob o título Cours de linguistique générale (1916; Curso de lingüística geral), tiveram forte influência nos estudos lingüísticos da primeira metade do século XX.

O estruturalismo, conforme exposto na obra de Saussure, baseia-se na convicção de que a linguagem é um sistema abstrato de relações diferenciais entre todas as suas partes. Esse sistema se apresenta subjacente aos fatos lingüísticos concretos e constitui o principal objeto de estudo do lingüista.
Para fundamentar suas afirmações, Saussure estabeleceu uma série de definições e distinções sobre a natureza da linguagem, que se podem resumir nos seguintes pontos: (1) a diferenciação entre langue (língua), sistema de signos presente na consciência de todos os membros de uma determinada comunidade lingüística, e parole (discurso), realização concreta e individual da língua num determinado momento e lugar por cada um dos membros da comunidade; (2) a consideração do signo lingüístico, elemento essencial na comunidade humana, como a combinação de um significante (ou expressão) e um significado (conteúdo), cuja relação arbitrária se define em termos sintagmáticos (entre os elementos que se combinam na seqüência do discurso) ou paradigmáticos (entre os elementos capazes de aparecer no mesmo contexto); e (3) a distinção entre o estudo sincrônico da língua, ou seja, a descrição do estado estrutural da língua em um dado momento, e o estudo diacrônico, descrição da evolução histórica da língua, que leva em conta os diferentes estágios sincrônicos.

Saussure considerou prioritário o estudo sincrônico, que permite revelar a estrutura essencial da linguagem: "A língua é um sistema em que todas as partes podem e devem ser consideradas em sua solidariedade sincrônica."
Os lingüistas encontraram nas idéias renovadoras de Saussure o ponto de partida para desenvolver novos métodos e teorias. Foi o caso da chamada escola de Praga, surgida em 1926 e formada, entre outros, pelos lingüistas de origem russa Nikolai Trubetskoi, Serguei Karcevski e Roman Jakobson. No I Congresso Internacional de Lingüistas, realizado em Haia, em 1928, os integrantes da escola de Praga assinalaram a importância da fonologia no sistema da língua.
Sobre a base das distinções realizadas por Saussure entre língua e discurso, sincronia e diacronia, os lingüistas da escola de Praga proclamaram a necessidade de se fazer distinção entre fonologia e fonética, dois termos usados até então para definir a ciência dos sons. Segundo eles, a fonologia estuda as funções lingüísticas dos sons, os fonemas, enquanto a fonética se preocupa com a produção e as características dos sons da fala.

À escola de Praga deveu-se também a definição de fonema como a unidade mínima do significante que está no plano da língua, assim como o conceito de traços pertinentes, distintivos ou funcionais dos fonemas.
Os lingüistas escandinavos Viggo Brøndal e Louis Hjelmslev, criadores da teoria da linguagem conhecida como glossemática, foram os principais representantes do Círculo Lingüístico de Copenhague, fundado em 1931, e que também se inspirou nos conceitos de língua, discurso, sincronia e estrutura de Saussure. Coube a Hjelmslev criar uma das mais conhecidas e precisas definições da lingüística estrutural: "conjunto de pesquisas baseadas na hipótese de que é cientificamente legítimo descrever uma língua como, essencialmente, uma unidade autônoma de dependências internas ou, numa só palavra, uma estrutura".
Estruturalismo americano. O surgimento do estruturalismo nos Estados Unidos foi condicionado pela análise descritiva das centenas de línguas ameríndias no final do século XIX. A necessidade de buscar princípios metodológicos apropriados para a análise dessas línguas, em grande parte desconhecidas e ágrafas (não escritas), resultou num enfoque antropológico e etnológico desses estudos.

Os pesquisadores pretendiam reconstruir as civilizações primitivas, cujas estruturas lingüísticas consideravam indissociáveis do contexto social e cultural em que se haviam originado. Nesse sentido destacaram-se os trabalhos de Franz Boas e de seu discípulo Edward Sapir, que em Language (1921; Linguagem) ressaltou, como fizera Saussure, o caráter da linguagem como modelo geral e preparou o caminho da lingüística estrutural americana, cujo principal representante seria Leonard Bloomfield.
Em 1933, a publicação de um livro de Bloomfield, Language, marcou o início de uma nova era na lingüística e influiu nos trabalhos da escola distribucionalista (também denominada neobloomfieldiana) surgida depois dele. Para obter o máximo rigor científico no estudo da linguagem, Bloomfield adotou um enfoque behaviorista em sua análise lingüística e definiu a linguagem em termos de respostas a estímulos. O autor excluiu de suas considerações, quase completamente, alusões à significação ou à semântica.

O estruturalismo de Bloomfield era eminentemente analítico e descritivo e centrava-se no estudo da morfologia e da sintaxe: ao partir da frase como unidade máxima analisável, empregava métodos de redução que permitiam decompô-la em seus elementos constituintes imediatos, até chegar ao morfema, unidade mínima indivisível. Esse método de análise foi o principal objeto de pesquisa dos neobloomfieldianos ou distribucionalistas, os mais importantes dos quais foram Bernard Bloch, George L. Trager, Robert Anderson Hall e, especialmente, Zellig S. Harris, autor de um livro fundamental no estruturalismo americano, Methods in Structural Linguistics (1951; Métodos da lingüística estrutural).
Gramática gerativo-transformacional. A publicação de Syntactic Structures (1957; Estruturas sintáticas), do americano Noam Chomsky, deu nova orientação aos estudos lingüísticos modernos. Chomsky reagia contra as hipóteses teóricas do distribucionalismo (fora discípulo de Zellig S. Harris) e expunha o que deveria ser, em sua opinião, o objetivo da lingüística: a formulação de uma gramática que, por meio de um número finito de regras, fosse capaz de gerar todas as frases de um idioma, do mesmo modo que um falante pode formar um número infinito de frases em sua língua, mesmo quando nunca as tenha ouvido ou pronunciado.

Tais regras, afirmou Chomsky, não são leis da natureza. Foram "construídas pela mente durante a aquisição do conhecimento" e podem ser consideradas "princípios universais da linguagem". A tese representou uma negação frontal do behaviorismo.
Cabia ao lingüista a tarefa de construir essa gramática, a partir do que Chomsky denominou "competência" (o conhecimento que o falante possui de sua língua e que lhe permite gerar e compreender mensagens) e não do "desempenho" (o emprego concreto que o falante faz de sua língua). A regras gramaticais que permitissem gerar orações inteligíveis num idioma seria denominada gramática gerativa.
Em suas formulações sobre essa gramática, Chomsky distinguiu três componentes: o sintático, com função geradora; o fonológico, a imagem acústica da estrutura elaborada pelo componente sintático; e o semântico, que interpreta essa imagem. Em oposição à gramática estruturalista dos distribucionalistas, que se baseava na análise dos constituintes imediatos, Chomsky analisou as estruturas das orações em dois níveis, o profundo e o superficial, para indicar as transformações produzidas ao se passar de um nível para outro e as regras que regem as transformações.

Esses conceitos explicam a razão do termo gramática gerativo-transformacional e fundamentaram grande parte dos estudos lingüísticos realizados depois de Chomsky.
Segundo a teoria gerativo-transformacional, todas as línguas possuem uma estrutura superficial ou aparente, que representa a forma em que aparece a oração, e outra estrutura profunda ou latente, que encerra o conteúdo semântico da oração e forma o corpus gramatical básico que o falante de uma língua possui. Por meio de uma quantidade limitada de regras de transformação, o falante pode criar um número infinito de orações superficiais. O componente fonológico, ou seja, a imagem acústica das estruturas elaboradas pelo componente sintático, é dado por uma série de segmentos -- denominados morfofonemas por alguns lingüistas -- com traços distintivos que indicam como devem ser representadas, na estrutura superficial, as orações geradas pela sintaxe.
De maneira semelhante, o componente semântico fornece o significado às orações da estrutura superficial pela substituição ou inserção léxica de palavras e morfemas (unidades significativas) durante o processo de transformação da estrutura profunda na superficial.

Essa consideração do componente semântico, que respondia à diferenciação entre sintaxe e semântica das primeiras formulações da gramática gerativa, foi um dos pontos mais conflituosos para teorias gerativas posteriores, que consideravam inexistente essa diferenciação.
Psicolingüística e sociolingüística. A teoria gerativa de Chomsky abriu caminho para uma renovação radical da lingüística e para sua aplicação a diversas disciplinas do saber humano, como a psicologia ou a sociologia. Um dos principais campos de aplicação da gramática gerativo-transformacional, sobretudo no que diz respeito à dicotomia competência-desempenho, foi à psicolingüística, termo surgido na década de 1940 e definido como o estudo de fatos da linguagem considerados sob seus aspectos psicológicos, fundamentalmente no que se refere à aquisição da linguagem, à percepção da fala e aos distúrbios patológicos, como por exemplo a afasia (perda da fala).
O caráter e função social da linguagem, suas repercussões no comportamento do indivíduo e os condicionamentos sociais (diferenças de classe, sexo, educação, idade e ocupação) que determinam as variações lingüísticas dentro de uma língua representam os objetivos principais da sociolingüística.

Em oposição às teorias sociolingüísticas, segundo as quais a língua é ao mesmo tempo causa e efeito das concepções sobre a realidade e o mundo de uma comunidade de falantes (hipótese do americano Benjamin Lee Whorf) ou resultado de estruturas sociais determinadas (teoria do georgiano Nikolai Y. Marr), as pesquisas do americano William Labov tentaram explicar as variações lingüísticas de uma determinada língua por meio de uma redefinição do conceito chomskiano de competência. Labov entendia a competência como o conjunto de regras de conteúdo sociológico -- diferentes níveis e registros de língua -- que, uma vez conhecidas pelo falante, podem ser empregadas de acordo com o contexto social ou a situação.
Outras teorias.

Embora a influência do trabalho de Chomsky tenha levado praticamente todas as escolas lingüísticas a definirem suas posições com relação às teorias do lingüista americano, continuaram a surgir enfoques radicalmente opostos. A gramática estratificacional, desenvolvida pelo americano Sidney Lamb, reelaborou elementos do estruturalismo de Bloomfield ao definir a estrutura lingüística como uma teia de relações, mais do que como um sistema de regras; as unidades lingüísticas seriam apenas pontos, ou posições, nessa teia. O distribucionalismo e a escola de Praga inspiraram também tendências como à análise tagmêmica (que considera que a posição dos elementos define a gramática de uma língua) ou a chamada gramática de casos.
A lingüística representa hoje um campo aberto e em contínua renovação, cujos estudos, a partir de perspectivas diferentes, contribuem para a construção de modelos cada vez mais amplos que considerem os elementos constituintes do fenômeno lingüístico.

REFERÊNCIA:
http://www.brasilescola.com/portugues/linguistica.htm

sexta-feira, 8 de julho de 2011

28: Z - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA Z.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

27: Y - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA Y.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

26: X - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA X.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

25: W - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA W.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

24: V - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA V.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBIRTRO DE XADREZ).

23: U - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA U.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

22: T - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA T.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

21: S - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA S.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

20: R - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA R.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

19: Q - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA Q.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

18: P - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA P.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

17: O - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA O.

O (ARTIGO DEFINIDO, NO SINGULAR).

01. INGLÊS. THE.

02. FRANCÊS.

03. ALEMÃO.

04. ITALIANO.

05. ESPANHOL.

06. HOLANDÊS.

07. RUSSO.

08. CHECO.

09. HÚNGARO.

10. POLACO.

11. TURCO.

12. LATIM.

13. GREGO.

14. TUPI-GUARANI.

15. ESPERANTO.

16. SÂNSCRITO.

17. CHINÊS.

18. JAPONÊS.

19. COREANO.

20. ÁRABE.

21. HEBRÁICO.

22. ARAMAICO.

23. JAVANÊS.


PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

---------------------------------------------------------------------

OS (ARTIGO DEFINIDO, NO PLURAL).

01. INGLÊS. THE.

02. FRANCÊS.

03. ALEMÃO.

04. ITALIANO.

05. ESPANHOL.

06. HOLANDÊS.

07. RUSSO.

08. CHECO.

09. HÚNGARO.

10. POLACO.

11. TURCO.

12. LATIM.

13. GREGO.

14. TUPI-GUARANI.

15. ESPERANTO.

16. SÂNSCRITO.

17. CHINÊS.

18. JAPONÊS.

19. COREANO.

20. ÁRABE.

21. HEBRÁICO.

22. ARAMAICO.

23. JAVANÊS.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

----------------------------------------------------------------------

16: N - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA N.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

15: M - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA M.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

14: L - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA L.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

13: K - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA K.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

12: J - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA J.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

11: I - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA I.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

10: H - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA H.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

9: G - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA G.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

8: F - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA F.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

7: E - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA E.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

6: D - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA D.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

5: C - DICIONÁRIO POLIGLOTA DO CXSAJBA.

LETRA C.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

4: B - DICIONÁRIO POLIGLOTA CXSAJBA.

LETRA B.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

3. A - DICIONÁRIO POLIGLOTA CXSAJBA.

LETRA - A.
2 VOCÁBULOS EM PORTUGUÊS.

A (ARTIGO DEFINIDO, NO SINGULAR).

01. INGLÊS. THE.

02. FRANCÊS.

03. ALEMÃO.

04. ITALIANO.

05. ESPANHOL.

06. HOLANDÊS.

07. RUSSO.

08. CHECO.

09. HÚNGARO.

10. POLACO.

11. TURCO.

12. LATIM.

13. GREGO.

14. TUPI-GUARANI.

15. ESPERANTO.

16. SÂNSCRITO.

17. CHINÊS.

18. JAPONÊS.

19. COREANO.

20. ÁRABE.

21. HEBRÁICO.

22. ARAMAICO.

23. JAVANÊS.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

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AMOR.

01. INGLÊS. LOVE.

02. FRANCÊS.

03. ALEMÃO.

04. ITALIANO.

05. ESPANHOL.

06. HOLANDÊS.

07. RUSSO.

08. CHECO.

09. HÚNGARO.

10. POLACO.

11. TURCO.

12. LATIM.

13. GREGO.

14. TUPI-GUARANI.

15. ESPERANTO.

16. SÂNSCRITO.

17. CHINÊS.

18. JAPONÊS.

19. COREANO.

20. ÁRABE.

21. HEBRÁICO.

22. ARAMAICO.

23. JAVANÊS.

REFERÊNCIAS:
http://br.babelfish.yahoo.com/translate_txt


POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
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AS (ARTIGO DEFINIDO, NO PLURAL).

01. INGLÊS. THE.

02. FRANCÊS.

03. ALEMÃO.

04. ITALIANO.

05. ESPANHOL.

06. HOLANDÊS.

07. RUSSO.

08. CHECO.

09. HÚNGARO.

10. POLACO.

11. TURCO.

12. LATIM.

13. GREGO.

14. TUPI-GUARANI.

15. ESPERANTO.

16. SÂNSCRITO.

17. CHINÊS.

18. JAPONÊS.

19. COREANO.

20. ÁRABE.

21. HEBRÁICO.

22. ARAMAICO.

23. JAVANÊS.


PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

sábado, 25 de junho de 2011

2. LÍNGUA PORTUGUESA.

O que é a língua portuguesa?
O PORTUGUÊS é a língua que os portugueses, os brasileiros, muitos africanos e alguns asiáticos aprendem no berço, reconhecem como património nacional e utilizam como instrumento de comunicação, quer dentro da sua comunidade, quer no relacionamento com as outras comunidades lusofalantes.
Esta língua não dispõe de um território contínuo (mas de vastos territórios separados, em vários continentes) e não é privativa de uma comunidade (mas é sentida como sua, por igual, em comunidades distanciadas). Por isso, apresenta grande diversidade interna, consoante as regiões e os grupos que a usam. Mas, também por isso, é uma das principais línguas internacionais do mundo.
É possível ter percepções diferentes quanto à unidade ou diversidade internas do português, conforme a perpectiva do observador.
Quem se concentrar na língua dos escritores e da escola, colherá uma sensação de unidade.
Quem comparar a língua falada de duas regiões (dialectos) ou grupos sociais (sociolectos) não escapará a uma sensação de diversidade, até mesmo de divisão.


Unidade.

Uma língua de cultura como a nossa, portadora de longa história, que serve de matéria prima e é produto de diversas literaturas, instrumento de afirmação mundial de diversas sociedades, não se esgota na descrição do seu sistema linguístico: uma língua como esta vive na história, na sociedade e no mundo.
Tem uma existência que é motivada e condicionada pelos grandes movimentos humanos e, imediatamente, pela existência dos grupos que a falam.
Significa isto que o português falado em Portugal, no Brasil e em África pode continuar a ser sentido como uma única língua enquanto os povos dos vários países lusofalantes sentirem necessidade de laços que os unam. A língua é, porventura, o mais poderoso desses laços.
Diz, a este respeito, o linguista português Eduardo Paiva Raposo:


A realidade da noção de língua portuguesa, aquilo que lhe dá uma dimensão qualitativa para além de um mero estatuto de repositório de variantes, pertence, mais do que ao domínio linguístico, ao domínio da história, da cultura e, em última instância, da política. Na medida em que a percepção destas realidades for variando com o decorrer dos tempos e das gerações, será certamente de esperar, concomitantemente, que a extensão da noção de língua portuguesa varie também.
[Algumas observações sobre a noção de "língua portuguesa", Boletim de Filologia, 29, 1984, 592]


Diversidade.

A diversidade linguística que o português apresenta através do seu enorme espaço pluricontinental é, inevitavelmente, muito grande e certamente vai aumentar com o tempo.
Os linguistas acham-se divididos a esse respeito: alguns acham que, já neste momento, o português de Portugal (PE) e o português do Brasil (PB) são línguas diferentes; outros acham que constituem variedades bastante distanciadas dentro de uma mesma língua.
Consulte, a este respeito, o Fórum dos Linguistas.

REFERÊNCIA:
http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/bases-tematicas/historia-da-lingua-portuguesa.html
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1. OBJETIVO DESTE BLOG.

ESTE BLOG TEM O PROPÓSITO DE DEMOCRATIZAR OS ESTUDOS DOS IDIOMAS OCIDENTAIS E ORIENTAIS À SOCIEDADE.
O CLUBE DE XADREZ SANTO ANTÔNIO DE JESUS - BAHIA - BRASIL, ROMPE AS FRONTEIRAS IDIOMÁTICAS, MOTIVANDO O ESTUDO DE IDIOMAS.
PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).